13.12.07

Último Quarta SupernoVa do ano...

A noite da última quarta-feira, dia 12, marcou o retorno aos palcos de uma das melhores bandas da cena brasiliense atual: o Disco Alto. Entretanto, não é mais como era antigamente. A banda propriamente dita está sem dois de seus integrantes originais, Oops e Rinaldo; mas eles, mesmo fora do Disco Alto, estavam lá ontem. Foi também a estréia da nova banda de Rafael Oops, a Conhaque Supernova - que teve a participação de Rinaldo. No fim das contas, os cinco do Disco Alto que eu tanto gostava tocaram no mesmo palco ontem. Infelizmente, não estavam todos juntos.

Primeiro sobre a Conhaque Supernova. Era claramente perceptível que aquela era a primeira apresentação do trio (ontem, um quarteto). Vários erros apareceram, muitos devido a problemas no som da casa que não tinha retorno bom para os músicos. No entanto, pudemos ver que há um grande futuro para o grupo. As belas melodias e a voz de Oops agora vêm acompanhadas das batidas eletrônicas de Rodrigo Alves e dos sintetizadores de Marcelo Rosa. Me veio à mente (já desde quando os vi na trilha de Sapatos Sonhados) o trabalho solo de Thom Yorke. E foi lindo poder ouvir Aeroporto - que o Disco Alto tocava - mais uma vez.

Logo depois, o Disco Alto. O quinteto agora é composto por Rafael Monstro (guitarra e vocais), Rodrigo Jesus (baixo e vocais), Paulo Renato (bateria), Bruno Sres (guitarra) e Flávio Pookie (voz e guitarra). Foi a estréia dessa nova formação, a primeira vez de Bruno e Flávio no palco com a Disco Alto. Já no início, uma certa estranheza quanto à voz de Flávio, bem diferente da voz de Rafael Oops, o que ficou ainda mais marcante nas músicas que este já tinha cantado com a banda, como Silêncio nº 3 e Segundo Conforto. As músicas novas são fantásticas, com destaque para Antigo Testamento Pt. 2 e Quinta, que fechou o show. Dia 10 tem outro show e poderemos conferir se funcionaram mesmo ou não essas mudanças na banda. Apesar de tudo, a música continua tão poderosa e emocionante quanto sempre foi. Os momentos delicados diminuíram, mas as paredes sonoras dos momentos mais pesados continuam lá.

Juro que tentei ser totalmente imparcial, mas isso é muito difícil quando se fala de amigos cujo trabalho admiro muito. Boa sorte a todos nessas novas fases. Acredito que teremos algo muito melhor ainda pela frente.

E que venham mais Quartas SupernoVa em 2008!

P.S.: Reclamei da voz do Flávio, mas tenho que dizer que aquela pedaleira dele e os efeitos que ele tira daquela guitarra são sensacionais. E espero que o Meu Amigo Tigre faça mais shows!
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* Ouvindo: Sigur Rós - Sé Lest

4 comentários:

Anônimo disse...

valeu julio! concordo com cada palavra do seu texto!
acho que as duas bandas ainda vão aperfeiçoar e melhorar muito as músicas.
espero que vc continue gostando!

abração!

Anônimo disse...

Valeu pela presença Julio!
Também gostei muito do texto...
Coisas melhores estão por vir.
Forte abraço!

Inventário Cultural disse...

Grande Julio! Já estou aguardando ansiosamente pela sua lista de melhores discos de 2007. Abraços!

Brenno Brennand disse...

Pessoa dotada de bom gosto =D...

Ta muito bom seu blog.

Parabens!